Escrita funcional
Esta semana estivemos a escrever uma carta ao comandante da esquadra da polícia porque queremos muito ver como são os carros e as motos da polícia. No caderno de escrita as crianças "escreveram" o que queriam dizer, sendo que, esta escrita é o que especialistas chamam de "escrita inventada" mas que permite às crianças que não dominam o código escrito, compreenderem a funcionalidade da escrita: comunicar com alguém.
Depois de escreverem, estiveram a "ler", mais uma vez se apela à funcionalidade da escrita e , neste caso a escrita de uma carta, que tinha uma mensagem específica, "pensada" e colocada a ideia no papel, porque a escrita é isso mesmo é colocar no papel aquilo que dizemos. mas existem meninos que ainda um pouco tímidos e distantes deste contacto com a escrita, preferem desenhar... e podem-no fazer porque mais uma vez, o importante é a ideia, o registo do que pensamos e depois comunicá-lo aos outros.
Sendo a escrita a representação da fala, tem outras convenções que a fala não tem, porque a fala é acompanhada pelo gesto e sendo assim quando escrevemos temos algumas regras a seguir. É de tudo isto que falamos com as crianças , vamos perguntando onde estamos, para que os meninos nos digam a localidade e nós a escrevamos na carta, questionamos sobre o dia e o mês... como nos dirigirmos as pessoas? Como terminamos a carta... e que temos que a assinar. E o que é isso de assinar? Tudo questões que permitem às crianças pensarem sobre o sentido das coisas. Pensarem sobre o modo de fazer as coisas, permitindo-lhes serem crianças interventidas e informadas.
Manuela Guedes
Posto isto foi uma tarde produtiva. Carta escrita, assinada e entregue no posto da PSP