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100 Histórias para Partilhar

Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.

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Dom | 24.01.21

Correspondência, para que serve

 

Na nossa sala fazemos correspondência com uma turma de 1.º ano do Externato Fernão Mendes Pinto. Já comunicámos via SKype, já nos comunicámos através do Zoom e ouvimos uma comunicação sobre os dinossauros e porque foram extintos e também já recebemos uma carta. Nós enviámos uma carta, logo no início do ano, a falar-lhes do nosso projeto sobre a Frida Kahlo e lançámos esse desafio para eles pesquisarem e resolverem. Entretanto a carta deles extraviou-se e demorou muito tempo a chegar. Nós entretanto decidimos enviar-lhes um jogo para lhes fazerem e que serve para criar histórias e também a resposta à sua pergunta sobre os dinossauros: Será que os dinossauros que voavam eram dinossauros?

Mas perguntarão  para que servem estas atividades de correspondência? Qual a sua finalidade? Pois a intenção é promover junto das crianças a compreensão das funcionalidades da escrita. Afinal para que é que escrevemos? Essencialmente a escrita serve para comunicar. Comunicar o que sentimos, o que fazemos , o que aprendemos, o que queremos aprender, o que queremos saber dos outros, o que queremos perguntar aos outros e tudo isto é comunicar!

Além desta função importantíssima da funcionlidade da escrita, a correspondência serve também para reforçar os laços do grupo, pois enviamos uma mensagem coletiva, sobre a nossa identidade sobre o que andamos a fazer na escola.

A correspondência escolar apresenta vantagens no que respeita às questões relacionadas com a escrita e a sua funcionalidade, sendo que também é na partilha do trabalho realizado e consequentemente na difusão desse mesmo trabalho que se torna possível crescer e aprender mais, construindo o verdadeiro sentido da escola. (Guedes, 2018).
É fundamental que se criem (…) circuitos estáveis de produção e de distribuição ou divulgação [de] produtos, como os circuitos de produção e distribuição dos escritos, ou da divulgação dos estudos e projetos. (…) As práticas escolares dão sentido social imediato às aprendizagens dos
alunos, através da partilha de saberes e das formas de interação com a comunidade. (…) Tal atuação dá concretização funcional aos saberes escolares, revitaliza e acrescenta sentido social ao labor dos alunos (Niza, 2013, p.147)  Os circuitos de comunicação que assim se constroem, promovem a partilha de obras que “produzem e sustentam a solidariedade do grupo, ajudam a criar uma comunidade e criam formas participadas e negociadas de pensar em equipa.” (Niza, 2001)

Foi com este objetivo que este trabalho é realizado. As crianças após receberem a carta logo se propuseram fazer algo para enviar e ficou decidido que enviaríamos o jogo para criar histórias e também as respostas que já tínhamos prontas a enviar.

 

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Agora interrompemos o trabalho mas em breve estaremos juntos outra vez para lermos o que os nossos amigos nos irão enviar e desta vez irei ser eu a ir ao correio colocar a encomenda.