Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
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A ML disse-nos,no momento do "mostrar e contar" que tinha feito com a sua mãe, um desenho de uma pera . A Manuela disse-nos que aquilo que a M.L tinha estado a fazer tinha sido "desenho à vista" e que havia pintores que desenhavam " Naturezas Mortas". Fomos saber o que era isso de "Natureza Morta" e descobrimos que é pintar objetos da Natureza ( frutas e flores ) que já não estão na Natureza , mas sim em nossas casas. A Manuela mostrou-nos obras de Van Gogh e de Paul Cezanne, (pintores famosos) e decidimos que também gostaríamos de tentar fazer umas obras assim.
Decidimos quais as frutas que deveríamos ter para pintar, bem como o material que iríamos usar ( telas e lápis de cera). E começámos a fazer este trabalho. Pusemos o prato com as frutas no meio da mesa e cada um desenhava o que estava a ver. . Vamos agora fazer uma exposição para vos mostrar como ficaram estes trabalhos.
Fomos visitar o Museu da água e estivemos a aprender muitas coisas sobre a água. Vimos um filme sobre o ciclo da água desde que sai dos rios e barragens até às vnossas torneiras e descobrimos também algumas das propriedades da água. Aprendemos que ela pode fazer mover muitas coisas. Já estivemos a planear o que vamos fazer para partilhar as informações que obtivemos.
Na terça-feira é o nosso dia da ginástica ou de dança e esta semana estivemos a fazer um percurso com os arcos em que tínhamos que saltar a pés juntos e também de cócoras. Foi divertido...
A propósito de uma conversa sobre que números que conhecíamos , estivemos a descobrir que os números são utilizados em muitas coisas do nosso dia à dia. Fizemos uma lista e a Manuela foi escrevendo e depois nós fomos ilustrar .
A avaliação no pré escolar tem um carácter formativo, isto é, integra ela própria a aprendizagem fazendo parte do seu processo. “A avaliação formativa prioriza o domínio dos conhecimentos e dascompetências…” Philippe Perrenoud
Pretende-se que as crianças se apropriem do trabalho que fazem das suas necessidades, que vão tomando consciência das suas dificuldades e das suas áreas fortes, para que possam apoiar-se nos seus colegas tanto para aprender como para ensinar, isto é cooperar. A avaliação no pré-escolar deverá ser :
Coerente
Formativa
Valoriza o processo de aprendizagem
Aponta a avaliação como um processo
Assume as crianças como seres competentes
Ao convocarmos as crianças para serem elas a reletir sobre o que se faz aqui na sala, o que se pretende aprender estamos a assumir que as crianças são competentes e têm voz.
«Avaliar é comunicar, o que contempla a intenção (clarificação de objectivos e competências), a instrumentação (negociação dos instrumentos e critérios de avaliação), o julgamento (negociação dos juízos de valor formulados a partir de critérios específicos) e a decisão (transmissão dos resultados de avaliação)» (Belair, 1990).
Mudar os pontos de vista sobre a avaliação implica mudar radicalmente muitas das perceções que temos sobre como ensinar para conseguir que as crianças aprendam. Pensar na a avaliação como eixo central do dispositivo pedagógico de um currículo é o factor principal para alterar o paradigma atual : avaliar para aprender.
Acreditamos numa avaliação formadora fazendo parte integrante das aprendizagens, como vem bem reforçado nas Orientações Curriculares , uma avaliação para as aprendizagens .
A avaliação, para ser efectiva, tem de contribuir para uma teoria da educação (...) para os objectivos do empreendimento educativo. Esses objectivos centram-se no problema do apoio ao desenvolvimento dos seres humanos para que estes possam utilizar as suas capacidades potenciais com vista a alcançarem uma boa vida e darem uma contribuição efectiva à sociedade. Quando se perde de vista esse objectivo, tanto a educação como a sua avaliação tornam-se técnicas e estéreis. Perceber como se pode efectivamente ajudar os seres humanos na aprendizagem e no desenvolvimento é a tarefa central de uma teoria da educação e as técnicas de avaliação advêm dela do mesmo modo que a prática médica advém das ciências médicas.(Jerome Bruner, 1999, p. 202)
Esta semana também houve tempo para fazer a avaliação do mapa de atividades e ,embora ainda haja muitas crianças que não escrevem o seu nome e necessitem de ajuda para registarem no mapa de atividades as suas escolhas, é necessário fazer esta avaliação com as crianças. Ela vai permitir que as crianças tenham consciência do que fizeram, compreendam o que têm que melhorar ou alargar as suas escolhas. Não se pretende que as crianças façam todas o mesmo caminho ou tenham as mesmas opções, mas sim que reflitam sobre o que fizeram e arriscar saindo da sua zona de conforto experimentando outras atividades.
E assim , este processo de avaliação partilhada passa sempre pelo mesmo processo de todo o trabalho intelectual:
Recolher e registar os dados
cooperar com os colegas para melhorar o trabalho
Comunicar aos outros o que se fez e assumir compromissos.
Esta semana estivemos a fazer a nossa avaliação, isto é estivemos a registar e a fefletir sobre o que fizemos e o que temos que melhorar. Aqui na sala fazem-se vários tipos de avaliação: uma mais centrada nos instrumentos que temos na sala e também mais coletiva, como por exemplo a avaliação do calendário do tempo e do calendário ( para sabermos quantos dias houve de escola) ou ainda a avaliação do mapa de presenças, feita individualmente e comunicada aos colegas.
A avaliação dos instrumentos permite às crianças saberem ler um mapa, saber recolher os dados e construir registos onde se possam ler esses mesmos dados permite ainda , ao comunicarem aos colegas, dar significado ao que fizeram e como fizeram.
Na sexta-feira, dia de culinária estivemos a fazer folhadinhos com os nossos espinafres. Colhemos os espinafres, lavámos muito bem e depois pusemos numa panela com alho e azeite. Deixámos cozer e por fim juntámos queijo mascarpone, Mexemos tudo muito bem e deitámos, colher a colher na massa folhada. Partimos os pasteis e por fim pincelámos com gema de ovo. Foram ao forno e ao lanche comemos.
Esta semana tivemos , no nosso jardim de infância o contador de histórias Jorge Serafim, que para além de nos contar histórias, ler alguns livros e mostrar-nos outros divertiu-nos muito.
Gostámos muito de o ouvir e a sessão durou uma hora pois estivemos sempre muito atentos e divertidos.