Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
Depois de vermos as sombras e de fazermos composições com as formas de cor a Manuela disse que o nosso trabalho era parecido com os vitrais que existiam nalguns lugares. O Y sabia que havia vitrais nas igrejas e fomos então ver vários vitrais.
Descobrimos que os vitrais são feitos com vidro colorido e que tem um material especial para segurá-lo.
Decidimos fazer vitrais mas com papel transparente e cartão.
Primeiro fizemos os projetos e depois começámos a fazer as formas.Ora espreitem...
Depois começámos a recortar as formas e a colá-las .
E por fim temos a nossa composição feita. Com estes trabalhos iremos fazer uma exposição e convidaremos todos a virem visitá-la... virtualmente.
No momento dedicado às experiências estivemos a descobrir o que era a sombra. Como é que ela aparece? o que é necessário?...
Verificamos que a sombra é quando a luz não consegue passar por um objeto e projeta a sua forma. Quando o objeto é opaco a sombra é preta, quando o objeto é transparente e tem cor essa cor é projetada com a forma do objeto. Experimentámos com as nossa mãos e também com formas que temos na sala e que têm cor. Experimentámos com um projetor e fizemos composições muito bonitas.
Descobrimos que a fonte de luz têm que estar atrás do objeto para que a sua sombra fique à frente. se a fonte de luz estiver por cima a sombra aparece por baixo do objeto.
Quando estivemos a descobrir palavras terminadas em "ir", surgiram algumas duvidas sobre o "mugir" e o "balir" e decidimos ir saber como se chamavam as vozes dos animais- Fomos descobrido através dos vários sons que a Manuela iam fazendo e a Manuela foi escrevendo numa folha que depois ilustrámos.
Estamos a fazer mais dois projetos. Um é sobre o que é estar em vias de extinção e o outro é sobre as morsas. Já planeámos o que vamos fazer e estamos na fase da pesquisa.
O grupo do projeto " O que é estar em vias de extinção?" decidiu fazer um álbum e já fizeram as folhas desse álbum e estão a fazer as ilustrações.
O grupo que está a fazer o projeto sobre as morsas está a pesquisar e a ilustrar e querem fazer uma morsa em tamanho natural.
Daremos notícias sobre o andamento destes dois projetos
Esta semana estivemos a semear batatas ... a propósito de alguém ter dito que não sabia como nasciam as batatas e até havia alguns meninos que achavam que as batatas nasciam de plantas e que se colhiam como se colhem os morangos. A Manuela ficou de trazer batatas greladas e na quinta-feira estivemos a semear batatas que semeamos num balde e que de pedacinhos de batata com grelo( descobrimos que o grelo é como se fosse um rebento para nascer uma outra batata) que colocámos na terra e cobrimos com mais terra e assim sucessivamente ... agora é esperar que quando começar a aparecer os primeiros sinais da planta verde taparmos outra vez e daqui a uns meses temos batatinhas novas.
No momento da manhã a que chamamos "Mostrar, contar e escrever" o S. comunicou-nos que tinha descoberto uma rima: " Já sei mais uma rima: ir rima com dormir" A Manuela escreveu e combinámos que esta semana , iríamos tentar descobrir mais palavras que rimassem com ir... e descobrimos muitas.... imensas ... o que quer dizer que estamos a pensar na escrita e no som das palavras que ouvimos e como se escrevem... É bom...muito bom!
A Manuela foi escrevendo e depois nós ilustrámos e fizemos um livro...
Este trabalho de descoberta dos sons das palavras que dizemos tem por objetivo levar as crianças a pensar sobre a escrita. Não queremos que as crianças aprendam a escrever, esse é um tempo da etapa seguinte o 1.º Ciclo. Queremos apenas que as crianças ganhem algumas competências a nível da consciência fonológica e que se interessem por estas questões. pensar sobre a escrita permite às crianças construirem dentro de si uma serie de competência que vão ser fundamentais na etapa seguinte. Pensar na escrita só se faz a partir da descoberta da globalidade da mesma isto é da escrita como registo da fala, do texto para a frase e de pois para a palavra. É por esta razão que as crianças que tenho o privilégio de ter na minha sala não passam por exercícios de repetição de letras, pela copia de grafemas, sem sentido, mas toda a escrita que aparece na sala aparece pela descoberta do que as crianças dizem e comunicam e que é registado ( escrito) por mim que sou na sala, quem domina o código escrito. Por isso famílias não deem aos vossos
A A comunicou um trabalho que fez com a Elisa na Matemática e estivemos a ver o que era, a comentar e a Manuela perguntou se alguém sabia como se chamava o que a A estava a comunicar. Fomos descobrindo que as peças se repetiam...sempre da mesma maneira e sequencia...E decidimos que no dia da Matemática iríamos descobrir o que era um padrão. Todos juntos, com diferentes materiais, estivemos a descobrir o nosso padrão, comunicámos aos colegas o que fizemos e lemos a sequencia que criámos e registámos. Descobrimos que um padrão é uma sequência que se repete até ao "infinito" ( então é até ao infinito? - comentário do S..), quer dizer que não acaba nunca.
A auto-avaliação permite numa primeira fase que as crianças tenham contacto com este processo que implica: auto-conhecimento, maturidade, tomada de consciência de que já se sabe ou é capaz e as fragilidades...
É evidente que as crianças , num primeiro contacto com este modelo de avaliação ainda se confundem e consideram que são capazes de fazer tudo muito bem...Não faz mal porque o que importa é o caminho que fazemos no sentido de uma cada vez maior consciência do percurso de cada um.
É com este objetivo que feito o levantamento do que as crianças consideram importante aprender no jardim de infância, teremos que com elas construir descritores( critérios) que lhes permitem aferir e objetivar o que cada item contêm. Foi assim que, em conjunto, elaborámos estes descritores.
Depois deste trabalho de levantamento e tomada de consciência dos critérios, então as crianças vão preencher a sua ficha de auto-avaliação. numa primeira fase não me preocupo muito que as crianças se aproximem da "realidade" apenas a faço tomar consciência do que foi o combinado e quais os compromissos assumidos. Mais tarde, com o continuar de uma prática de avaliação constante vou sendo mais exigente e vou apoiando as crianças que ainda não são capazes de formalizar essa maturidade.
É de salientar que o facto de as crianças se habituarem a comunicar a sua auto-avaliação aos colegas ajuda e muito nessa tomada de consciência, pois muitas vezes são os colegas que dizem e chamam à atenção para compromissos assumidos e que não foram cumpridos ou saberes que ainda não estão consolidados.