Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
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A K. disse que tinha 5 amias e quis que a Manuela escrevesse e descobrimos que os numeros serviam pra contar os amigos e que se podiam usar o número 5 ou escrever cinco. A Manuela perguntou-nos se nós sabíamos para que serviam os numeros , Fizemos uma lista e a Manuela escreveu. NO dia da Matemática, estivemos a ilustrar e fizemos um mobile.
A K propôs vermos as obras de Frida Kahlo, pois a Manuela levou uns sapatos com o retrato da Frida. Decidimos fazer os nossos retratos inspirados nesta pintora. Aproveitámos as nossas fotografias e depois de coladas num cartão estivemos a fazer uma moldura e a fazer algumas das características da pintora no nosso retrato. Depois fizemos alguns dos elementos que a pintora usa nas suas obras : flores, fitas, macacos, gatos , papagaio, borboletas... e estamos a pintá-los no nosso retrato.
Quando estiver pronto fazemos uma exposição e mostramos os nossos trabalhos .
Um grupo de meninos está a estudar os caracóis. Querem saber se os caracóis põem ovos e se o nosso caracol, que se chama Sassá é macho ou fêmea. Como temos vários caracois na sala, oferecidos pelos meninos mais velhos que os encontraram no recreio, decidimos fazer uma casa para eles viverem e assim podermos observar várias coisas.
Fomos à biblioteca da sala procurar livros e descobrimos alguns livros que começámos a ver se tinham alguma informação sobre caracois.
O D e a K. sugeriram fazer um teatro com a história do Capuchinho Vermelho. De entre os muitos livros que temos na sala do Capuchinho Vermelho escolhemos esta versão.
Escolhemos as personagens fizemos o cenário, os figurinos e depois construimos os acessórios de cada personagem.
A M. sugeriu fazermos a experiência "do afunda e flutua" mas com frutos.... Como não tínhamos frutos decidimos deixar essa experiência para a semana e fizemos a mesma com objetos da sala. Primeiro escolhemos o objeto que queríamos para a experiência e depois fomos registar o que pensávamos que ia acontecer. Houve algumas surpresas ...o J escolheu uma esfera em madeira que parecia pesada mas... flutuou porque era "mais leve" do que a água... quer dizer a força que a água exerce é maior do que a força que a esfera faz para baixo.
No fim fizemos o registo do que efetivamente aconteceu.
Esta semana enviámos uma carta com os nossos retratos para uma turma do 1.º ano do CFMP da professora Helena Silva. A Manuela disse-nos que conhecia a professora e que ela e os seus alunos gostariam de saber o que nós fazíamos aqui na sala. Ficámos todos muito entusiasmados pois nunca tínhamos escrito uma carta nem ido ao correio enviá-la. Depois de fazermos o retrato na quarta- feira fomos ao correio enviar a carta. Como não podemos todos entrar no edifício do correio, os presidentes munidos de máscara que a Manuela lhes deu entraram e pagaram o valor do selo.
Os inventários constituem um instrumento fundamental para as crianças se apropriarem de cada área de trabalho, identificando o material que existe e para que serve. À medida que as crianças vão diversificando as atividades também começam a ficar mais exigentes em relação à forma como se apropriam dos materiais da sala e como consequência nas suas produções. Foi o que fizemos nesta terça-feira. Embora as crianças já tivessem nessa área, manipulando os materiais mas ainda não lhe imprimiam significado nem intenção.
A pares foram escolhidos jogos e materiais não estruturados para que as crianças os explorassem e depois comunicassem aos colegas o que tinham realizado.
“…as crianças constroem activamente entendimentos matemáticos ao interagirem com o ambiente físico e social que as rodeia e ao reflectirem sobre essas experiências.” (Kamii,1985 e outros, Manual de Investigação em Educação de Infância, p. 336)
Também Zabalza (1992) parece ter a mesma posição quando diz que «o aluno da escola infantil é um sujeito não sectorizável» (p. 47) e que «a escola infantil não aborda os conteúdos, entendidos estes em sentido restrito. É um mundo de experiências polivalentes em que os conteúdos desempenham um papel puramente instrumental: servem como oportunidade para a acção. [...] Falar de conteúdos, no contexto infantil, nada tem a ver a dimensão informativo-cultural que tal denominação adquire em outros níveis educativos» (pp. 159-60). Reforça esta ideia ao afirmar que «não se aplica à escola infantil [...] a ideia de que ensinar é “transmitir conhecimentos”» (p. 162).
Assim é neste sentido que os inventários são construídos; para conhecer, saber, explorar...
Após a exploração e o questionamento as crianças comunicam aos colegas o que estiveram a fazer :o que descobriram , que dúvidas lhes suscitou...
Por fim faz-se um registo para memória futura, isto para que possamos voltar a ler, a saber o que dissemos...
Depois de fazermos o inventário da escrita, a Manuela deu-nos um caderno para nós sempre que quisermos ir escrever o podermos fazer. Nele podemos escrever histórias, o nome dos amigos, palavras do ficheiro, o nome da nossa mãe e do nosso pai... tudo o que quisermos e como quisermos. A Manuela até disse que podíamos escrever com a nossa escrita "inventada" porque aquele caderno era só nosso. Decorámos a capa e ficaram lindos. Ora espreitem.
Todos os dias ao escrevermos o nosso nome , escrevemos o nosso nome todo em letras "grandes" que a Manuela nos disse que se chamavam "letras maiúsculas". A Manuela também nos disse que só a inicial é que se escreve assim, com maiúsculas,todas as outras letras são em minúsculas. Decidimos, fazer o alfabeto ( todas as letras que escrevemos) em letras maiúsculas.
Antes de fazer este abecedário a Manuela este a mostrar-nos um livro que se chama "Hasta el infinito" e que tem o abecedário muito bonito.
Depois colámos as letras num cartão e fizemos uma moldura com tiras de papel de revista.