Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
Este blog pretende ser um espaço de partilha da prática pedagógica de uma educadora de infância. Todos os textos ,fotos e videos estão sujeitos ao RGPD.
A Manuela contou-nos esta história e A M disse que já tinha feito uma experiencia com um feijão num algodão mas que o feijão dela tinha morrido. combinámos semear feijões mas desta vez na terra.
O M. trouxe os feijões e na quarta feira tivemos a semeá-los.
Coloc+amos a terra, depois os feijóes e por fim regámos.
Esta semana também estivemos a fazer os nossos retratos. A Manuela disse-nos para fazermos primeiro o contorno e como não sabíamos o que era o L, que esteve na nossa sala no ano passado disse aos amigos que o contorno era a linha que usamos para fazer o desenho.
Depois preenchemos o desenho e por fim pintámos o fundo.
A escrita do nome tem um significado muito importante para a criança, pois ele faz parte da sua identidade.
No " processo emergente de aprendizagem da escrita, as primeiras imitações que a criança faz do código escrito tornam-se progressivamente mais próximas do modelo, podendo notar-se tentativas de imitação de letras e até a diferenciação de sílabas. Começando a perceber as normas da codificação escrita, a criança vai desejar reproduzir algumas palavras (o seu nome, o nome dos outros, palavras e/ou frases que o/a educador/a escreve, etiquetas, etc.). Aprender a escrever o seu nome tem um sentido afetivo para a criança, permitindo-lhe fazer comparações entre letras que se repetem noutras palavras e aperceber-se de que o seu nome se escreve sempre da mesma maneira." (OCEPE 2016)
E foi assim que começámos a escrever o nosso nome, num cartão para que sempre que tenhamos duvidas sobre a sua escrita ou para que qualquer um possa aprender a escrever o nome do seu companheiro.
Nesta primeira semana de trabalho dedicamo-nos a explorar o espaço, a descobrir o que podemos fazer na nossa sala.
Fomos-nos dividindo pelas áreas de trabalho e descobrindo o que podemos fazer . Temos uma área de dramatização, uma área de matemática, uma área de ciências, uma biblioteca com muitos livros...
Ainda não sabemos muito bem o que podemos fazer em cada área mas sabemos que temos muito para descobrir.
"O conhecimento do espaço e das suas possibilidades é uma condição do desenvolvimento da independência e da autonomia da criança e do grupo, o que implica que as crianças compreendam como está organizado e pode ser utilizado, participando nessa organização e nas decisões sobre as mudanças a realizar. Esta apropriação do espaço dá-lhes a possibilidade de fazerem escolhas, de utilizarem os materiais de diferentes maneiras, por vezes imprevistas e criativas, e de forma cada vez mais complexa." (OCEPE 2016)
Reiniciamos as atividades com muita vontade e nestes primeiros dias já começámos a organizar a nossa sala.
Porque nos preocupamos tanto com as questões do cenário pedagógico?
Porque queremos que as crianças se apropriem do espaço ( e do tempo) de forma efetiva e que compreendam que a sala é sua e esta pensada e organizada com eles. Acreditamos que a organização do cenário de aprendizagem constitui, quando partilhada com as crianças, em si própria um primeiro caminho para a aprendizagem , pois permite que as crianças se sintam responsáveis pela gestão do espaço onde as suas aprendizagens vão decorrer.
A aprendizagem escolar consiste, portanto, não apenas no domínio dos instrumentos ou sistemas conceituais, de procedimentos de seu uso em abstrato, como também sua recontextualização no cenário escolar [...] .” (BAQUERO,1998,p.83)
Na nossa sala fazemos muitas coisas mas primeiro temos que conhecer bem o espaço, construir as regras de funcionamento, identificar o que podemos fazer no Jardim da infância e foi isso mesmo que estivemos a fazer.
Depois de decidirmos quantos meninos poderiam estar em cada área de trabalho fomos, a pares, fazer esse registo.
Paralelamente à organização dos espaços, é necessário introduzir alguns instrumentos que apoiem essa mesma organização.
Aparece assim, o mapa de presenças em que é necessário que as crianças identifiquem o seu nome, sejam capazes de usar uma tabela de dupla entrada, consigam identificar o dia,etc. Todas estas competências vão sendo trabalhadas de forma progressiva e com uma autonomia crescente.